~~NOTOC~~ ===== Manejo com Plantio de Mudas - Formações Florestais e Savânicas ===== Nesta estratégia de plantio são plantadas mudas de forma aleatória ou sistemática (em linhas), com espaçamentos diversos que podem variar em função do relevo, do tipo de vegetação a ser restaurado e da velocidade com que se quer recobrir o solo. Os espaçamentos mais usuais são 2m x 2m (2.500 plantas/ha) ou 3m x 2m (1.667 plantas/ha). Os plantios podem ser feitos em várias formas de arranjo de espécies (também chamados de consórcios) em função da ecologia e da disponibilidade de mudas das diferentes espécies escolhidas, tais como: apenas espécies de rápido crescimento (espécies de **recobrimento**, alternando linhas de cobertura intensa (por exemplo: espécies **fixadoras de nitrogênio**) e linhas com espécies de crescimento mais lento (espécies de **diversidade**), incluindo assim diferentes grupos sucessionais e outras formas possíveis de composição de grupos funcionais de espécies. Este procedimento procura replicar o que acontece na natureza. Além disso, é importante realizar o controle de gramíneas e espécies invasoras indesejáveis, por no mínimo por dois anos, ou até que o capim seja sombreado pelas espécies plantadas. Esse plantio pode ser feito em covas individuais ou sucos, podendo ser manual ou por meio de equipamentos simples como a coveadeira ou pá ou mesmo mais elaborados como as plantadeiras acopladas a tratores. O plantio pode ocorrer sem qualquer revolvimento do solo, sobre biomassa dessecada. Contudo, a aração (ou mesmo subsolagem) e gradagem podem ser recomendadas em solos muito compactados. O plantio pode ser realizado em linhas previamente preparadas, cujo espaçamento entre elas pode variar de 50 cm a alguns metros, dependendo da densidade desejada no plantio. O espaço deixado entre as linhas pode facilitar o controle de espécies indesejáveis até sua eliminação. O processo da abertura das linhas de plantio pode ser manual ou mecanizado e, neste último caso, a eficiência do processo é maior. Um plantio das mudas pode ser em sulco raso podendo ser utilizadas mudas com 50% de espécies pioneiras de **recobrimento** e os outros 50% com espécies de **diversidade** (climax). Em ambos os casos podem ser utilizadas espécies de uso econômico (**espécies carro-chefe**). Para maiores chances de sucesso do plantio, o mesmo deve ser feito com umidade no solo, de preferencia depois do inicio da épocas de chuva, buscando utilizar o solo úmido, que favorece o desenvolvimento das plântulas. **Metodologia para Restauração Florestal em situações SEM potencial de Regeneração Natural** Bioflora e Lerf Apresentam: Metodologia Inovadora de baixo custo para Restauração Florestal para aplicação em situações SEM potencial de Regeneração Natural (necessidade de Plantio total - Restauração Ativa). Veja aqui o video preparado pela equipe do LERF da Escola de Agronomia Luiz de Queirós (ESALQ) e a BIOFLORA no estado de Sao Paulo. https://www.youtube.com/watch?v=Z2tqWyYsrBU ==== Espécies Carro-Chefe ==== Espécies carro-chefe são aquelas que além de facilitar a sucessão ecológica e a diversidade do ambiente podem proporcionar retorno econômico aos plantios de recomposição da vegetação nativa. ==== Técnica de plantio de mudas ==== O exemplo do Bioma Cerrado O custo e a rapidez para que um local se recomponha depende do seu do nível de degradação e consequentemente do seu potencial de regeneração natural. Assim, quanto mais degradado em termos dos componentes físicos, químicos e biológicos do ambiente, mais tempo e mais oneroso poderá ser a sua recomposição. Assim, no caso da preparação de Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas ou Alteradas (PRADA) com o plantio de mudas de espécies lenhosas, o produtor precisa considerar: ==== Formação a ser recuperada ==== Se a formação a ser recuperada for florestal o restaurador deve considerar as espécies lenhosas mas, no caso de formações savânicas e campestres, a recomposição também deve considerar as mudas de espécies arbustivas e herbáceas. ==== Formações Florestais e Savânicas ==== ==== Situação atual ==== Locais com BAIXO potencial de regeneração natural, devem apresentar: a) remanescentes naturais da vegetação a ser recomposta MUITO DISTANTES OU AUSENTES para a dispersão de sementes, b) banco de plântulas (indivíduos de plântulas jovens) e/ou banco de sementes INEXISTENTE no solo em condições ambientais adequadas para sua germinação e desenvolvimento e c) GRANDE espécies invasoras competidoras. [{{ :webambiente:1g-_inicial.jpg?500 | Situação atual. Foto: Felipe Ribeiro.}}] ==== Implantação ==== Plantar com espaçamentos diversos em função do relevo, tipo de vegetação a ser restaurado e velocidade desejada para recobrir o solo (usuais: 2 m x 2 m e 3 m x 2 m). plantios podem contemplar apenas espécies de recobrimento (se no local há regeneração natural) até alternância de linhas de espécies de recobrimento com linhas de diversidade. Controlar espécies indesejáveis até a eliminação. [{{ :webambiente:2g-implant_plm.jpg?500 | Implantação. Foto: Felipe Ribeiro.}}] ==== Resultados Esperados após 2-3 anos ==== Espécies pioneiras ou de recobrimento plantadas tendem ao rápido recobrimento do solo. Algumas destas espécies iniciam floração e frutificação e já atraem dispersores de sementes. Espécies de diversidade crescem em taxas variadas. O controle de invasoras agressivas pode não ser mais necessário. [{{ :webambiente:3g-_2-3_anos.jpg?500 | Resultados esperados após 2-3 anos. Foto: Felipe Ribeiro.}}] ==== Resultados Esperados após 10 anos ==== As espécies de recobrimento (pioneiras ou rápido crescimento) começam a morrer ou alcançam sua máxima biomassa e, assim, tendem a ceder espaço para espécies regenerantes, principalmente quando há disponibilidade de propágulos de remanescentes próximos. Indivíduos de diversidade estão em diversos estágios de desenvolvimento. [{{ :webambiente:4g-_10_anos.jpg?500 | Resultados esperados após 10 anos. Foto: Felipe Ribeiro.}}] ==== Riscos === Seleção no viveiro, transporte e o manuseio desde a saída do caminhão até a inserção na cova, assim como o preparo do solo inadequado, veranicos e ataque de formigas são relacionados com baixa sobrevivência e crescimento. O preparo do solo apenas na cova para o plantio pode criar condições somente para o desenvolvimento das árvores naquele local, determinando, no geral, a aparência de bosque. ==== Monitoramento ==== Porque monitorar? O sucesso do monitoramento envolve diagnosticar, tomar decisões, intervir e avaliar os resultados da intervenção. Isso permite entender os parâmetros e os processos envolvidos na recomposição. Esse processo se repete no tempo, portanto, a recomposição deve acontecer em etapas, iniciando com áreas relativamente pequenas. Os resultados fornecem orientação para novas intervenções, permitindo encontrar erros e corrigi-los nos próximos plantios. Ações importantes no monitoramento: testar, aprender e corrigir. O que monitorar? Estrutura, diversidade e composição da vegetação são parâmetros comumente avaliados na restauração ecológica, pois são capazes de predizer o sucesso de recomposição da vegetação. Parâmetros simples para avaliar sucesso são densidade (número de indivíduos/ área) e riqueza (número de espécies) de plantas e cobertura do solo por diferentes formas de vida (vegetação competidora, solo exposto e árvores, arbustos e herbáceas nativas). Como monitorar? Os parâmetros podem ser avaliados por métodos simples. Na linha de amostragem marcada em uma trena no solo, posicionar a cada 50 cm uma vara de 2 m dividida em quatro partes de 50 cm. Em cada uma das quatro partes da vara, avalia-se todos os elementos vegetais que tocam nela. Para avaliar a riqueza de espécies e a densidade de regenerantes lenhosos com mais de 30 cm de altura, estica-se uma trena de 25 m numa faixa 1 m para cada lado da trena e contam-se as plântulas e arvoretas. Imagens fotográficas em épocas diferentes na mesma escala também ajudam a comparar a vegetação nativa, o solo exposto e as plantas competidoras em um mesmo local. Onde monitorar? Cada um dos parâmetros acima devem ser monitorados em área representativa do processo de recomposição. Quando monitorar? A legislação prevê que o proprietário rural tem 20 anos para a adequação ambiental, assim os parâmetros de sucesso devem ser avaliados periódicamente, de preferência no final da estação chuvosa. Quem monitora? Equipe que tenha alguma experiência em identificar e avaliar os parâmetros de sucesso no processo de recomposição da vegetação nativa. === Saiba mais === O programa Repórter em Campo traz uma entrevista com o pesquisador Felipe Ribeiro da Embrapa Cerrados sobre **Recuperação de áreas degradadas**. **Clique no link abaixo ====>** https://youtu.be/5J-2Udg4E7w 🌳🌱 Bioflora e Lerf apresentam metodos inovadores de baixo custo para Restauração Florestal para aplicação em situações **SEM Potencial de Regeneração Natural** (necessidade de Plantio total - Restauração Ativa).**Clique no link abaixo ====>** https://www.facebook.com/viveirobioflora/videos/1562049477226268/