A Caatinga ocupa cerca de dez por cento do território nacional e é uma das áreas mais sujeitas à desertificação no Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente. É formada por solos rasos e pedregosos, com ocorrência de pouca chuva, concentrada apenas em uma época do ano, e seca que pode durar de quatro a oito meses. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível e a extração de piçarra para aterramento nas jazidas de petróleo e na construção civil até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas não apropriadas. A fim de recuperar a Caatinga original e manter o equilíbrio do ecossistema, são plantadas espécies nativas, como a jurema preta, a jurema branca, o sabiá e o jucá. Para contribuir com esse processo, é feita a inoculação de mudas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos. Os fungos aumentam a capacidade da planta de retirar água e nutrientes do solo, deixando-a mais resistente, enquanto as bactérias possibilitam que ela use o nitrogênio existente no ar. Nesse vídeo, o pesquisa dor Alexander Silva de Resende da Embrapa apresenta o projeto de recuperação de áreas degradadas na Caatinga que iniciou no Estado do Rio Grande do Norte pela Embrapa em parceria com a Petrobras, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido e a Fundação Guimarães Duque.