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Pantanal

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Sua área aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Seu espaço territorial -que é uma planície aluvial-, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Estima-se que o bioma abrigue cerca de 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial.

Bioma Pantanal. Fonte: PARANÁ, 2017.

O Pantanal é o Bioma mais conservado do Brasil sendo que a sua maior área está em propriedades privadas, possuindo poucas unidades de conservação. Sua vegetação é resiliente e adaptada a ciclos sazonais anuais e plurianuais de seca e alagamento, bem como ao fogo. A altitude varia de 80 a 300 m. É uma região de confluência das províncias fitogeográficas do Cerrado, Amazônica, Mata Atlântica e Chaco, com aproximadamente 50% de sua flora nativa composta por espécies de ampla distribuição, 30%, do Cerrado e 20%, espécies originárias de outras províncias fitogeográficas (POTT & SILVA 2015). Há 355 espécies lenhosas e baixo endemismo, possivelmente relacionado à idade geológica recente do Pantanal. A conservação de sua biodiversidade depende da manutenção do equilíbrio hidrológico - pulso de inundação - sem que ocorra a homogeneização do ambiente em direção a um sistema totalmente seco ou totalmente alagado (POTT & SILVA 2015).

Coleta de sementes

OJEDA, C.; URBANETZ, C.; DAMASCENO JÚNIOR, G. A.; MENEZES, G. I. de; ISHII, I. H.; MOREIRA, J. M.; KUHLMANN, M.; REGO, N. H.; SALIS, S. M. de. Bioma Pantanal: época de coleta de frutos e sementes nativos para recomposição ambiental. Brasília, DF: Projeto Biomas; CNA; Embrapa, 2018. 40 p.

Referências sobre o Bioma

BORGES, H. B. N.; SILVEIRA, E. A.; VENDRAMIN, L. N. Flora Arbórea de Mato Grosso: tipologias vegetais e suas espécies. Cuiabá: Entrelinhas, 2014. 259 p.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Pantanal. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/pantanal>. Acesso em: 27 set. 2017.

CAMPOS FILHO, E M.; SARTORELLI, P. A. R. S. Guia de identificação de espécies-chave para a restauração florestal na Região de Alto Teles Pires Mato Grosso. São Paulo: The Nature Conservancy, 2016. 248 p. (Pantanal)

IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 271 p.

LIMA, M. S. et al. Estrutura de floresta estacional decidual. Revista Brasileira de Botânica, v.33, n.3, p.437-453, jul.-set. 2010.

PARANÁ (Estado). Sercretaria da Educação. Disponível em: <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=332&evento=5>. Acesso em: 25 set. 2017.

POTT, A.; OLIVEIRA, A. K. M.; DAMASCENO JÚNIOR, G. A.; SILVA, J. S. V. Plant diversity of the Brazilian Pantanal wetland. Brazilian Journal of Biology, n. 71, p. 265–273, 2011.

POTT, A.; SILVA, J. S. V. Terrestrial and aquatic vegetation diversity of the Pantanal wetland. In: BERGIER, I.; ASSINE, M. L. (Eds.). Dynamics of the Pantanal Wetland in South America. The Handbook of Environmental Chemistry, v. 37. Springer International Publishing, 2015. p. 111-131.