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webambiente:ff_pantanal_chaco

Pantanal - Chaco

O Chaco ocupa uma vasta planície com área de 1 milhão de km2, concentrando-se no norte da Argentina, oeste do Paraguai, sudeste da Bolívia (PRADO et al. 1992; PRADO 1993) e uma pequena porção marginal no Brasil, com cerca de 12 mil km2 (SILVA & CAPUTO 2010), no Estado do Mato Grosso do Sul. O Chaco corresponde a cerca de 8% da área do Bioma e ocorre, principalmente, nas sub-regiões do Pantanal de Porto Murtinho (40,5%) e Nabileque, e em pequenas áreas nas sub-regiões de Miranda, Paraguai e Abobral (SILVA & CAPUTO 2010). Apesar disso, a distribuição de algumas de suas espécies, como a palmeira carandá (Copernicia alba), se amplia para outras sub-regiões. Formado basicamente por vegetação espinhosa, com várias espécies xeromórficas, o Chaco foi classificado como Savana Estépica pelo Manual Técnico da Vegetação Brasileira (2012). A fisionomia Savana Estépica Parque é composta por formações monodominantes - carandazais (Copernicia alba) e paratudais (Tabebuia aurea) – que predominam em 55% da área do Chaco. As áreas campestres ocorrem em cerca de 36%, os ecótonos 6% e as formações florestais (Savana Arborizada) em apenas 2% da área. Há espécies endêmicas e a distribuição das espécies é influenciada, principalmente, pela variação ambiental do solo e do relevo (RAMELLA & SPICHIGER 1989). Algumas das árvores mais comuns são: pau-pereiro (Aspidosperma pyrifolium), quebracho-branco (Aspidosperma quebracho-blanco), canjiquinha (Coccoloba guaranitica), canela-de-cotia (Diplokeleba floribunda), angico-paraguaio (Parapiptadenia rigida), gaiuvira (Phyllostylon rhamnoides), Ruprechtia spp., chamacoco (Schinopsis brasiliensis), laranjinha (Sideroxylon obtusifolium), labão (Tabebuia nodosa) e olho-de-boi (Ziziphus oblongifolius).

Referências

PRADO, D. E. What is the Gran Chaco vegetation in South America? II. A revieW: a contribution to the study of flora and vegetation of the Chaco. V. Candollea, v. 48, n. 1, p. 145-172, 1993.

PRADO, D. E.; GIBBS, P. E.; POTT, A.; POTT, V. J. The Chaco-transition in southern Mato Grosso, Brazil. In: FURLEY, P. A.; PROCTOR, J.; Ratter, J. A. (Ed.). Nature and dynamics of forest-savanna boundaries. London: Chapman & Hall, 1992. p. 451-470.

RAMELLA, L.; SPICHIGER, R. Interpretación preliminar del medio físico y de la vegetación del Chaco Boreal: contribución al estudio de la flora y de la vegetación de Chaco- I. Candollea, v. 44, n. 2, p. 639-680, 1989.

SILVA, J. S. V.; CAPUTO, A. C. B. Localização e distribuição da vegetação Savana Estépica (Chaco) no Pantanal brasileiro. In: SIMPÓSIO DE GEOTECNOLOGIAS NO PANTANAL, 3., 2010, Cáceres, MT. Anais… Campinas: Embrapa Informática Agropecuária; São José dos Campos: INPE, 2010. p.314 -323.

SILVA, M. P. de; MAURO, R. de A.; ABDON, M.; SILVA, J. dos S. V. Estado de conservação do chaco (savana estépica) brasileiro. In: SIMPÓSIO NACIONAL DO CERRADO, 9., SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE SAVANAS TROPICAIS, 2., Brasília, 2008. Desafios e estratégias para o equilíbrio entre sociedade, agronegócio e recursos naturais. Brasília: , 2008. 6 p. Disponível em: <http://simposio.cpac.embrapa.br/simposio/trabalhos_pdf/00789_trab1_ap.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2017.

webambiente/ff_pantanal_chaco.txt · Last modified: 2022/04/01 18:15 (external edit)