Pantanal - Mata Semidecídua
Essas matas se caracterizam pelo adensamento de árvores de maior porte, com redução da quantidade de luz que chega ao solo, o que limita o desenvolvimento de herbáceas e arbustos nessa formação. A Mata Semidecídua, também denominada de Floresta Estacional Semidecidual, se caracteriza por ocorrer em solo fértil, num clima sazonal, com acentuada seca durante o inverno e chuvas intensas no verão, sendo o inverno bastante frio (temperaturas inferiores a 15° C), que determina repouso fisiológico e queda parcial da folhagem das árvores (Martins & Cavararo 2012). Essa formação apresenta no conjunto florestal entre 20% e 50% de árvores caducifólias (que perdem as folhas), segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (2012). A queda foliar ocorre principalmente nas árvores de maior porte (dossel) que possuem adaptações de escape à seca, deixando o solo fica coberto de folhas, formando uma camada de matéria orgânica. A altura média das árvores é de 20 metros de altura, alguns indivíduos podem alcançar até 30 m (POTT et al. 2011). Essas matas ocorrem na planície nas áreas localmente conhecidas como cordilheiras, bem como nas altitudes médias das morrarias no entorno do Pantanal, em áreas livres de inundação (POTT et al. 2011). Espécies comumente encontradas são: o angico (Anadenanthera colubrina), o gonçalo (Astronium fraxinifolium), o acuri (Attalea phalerata), o carandá (Copernicia alba), a almecega (Protium heptaphyllum), o bálsamo (Pterogyne nitens), a piúva-da-mata (Handroanthus impetiginosus), a piuxinga (H. roseoalba), entre outras. A Mata Semidecídua também pode ocorrer em formações densas ao longo dos rios Paraguai e São Lourenço, em áreas com inundações periódicas onde ocorrem comumente, por exemplo, as espécies: biguazeiro (Albizia inundata), canafístula (Cassia grandis) e tarumã (Vitex cymosa).
Referências
AGÊNCIA EMBRAPA DE INFORMAÇÃO. Floresta estacional semidecidual. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucana/arvore/CONT000gt7eon7l02wx7ha087apz2x2zjco4.html>. Acesso em: 05 mar. 2017.
MARTINS L, CAVARARO R. Manual técnico da vegetação brasileira: sistema fitogeográfico, inventário das formações florestais e campestres, técnicas e manejo de coleções botânicas, procedimentos para mapeamentos. Rio de Janeiro: IBGE; 2012. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv63011.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2017
POTT, A; OLIVEIRA, A. K. M.; DAMASCENO JUNIOR, G. A.; SILVA J. S. V. Plant diversity of the Brazilian Pantanal wetland. Brazilian Journal of Biology, v. 71, n. 1, (suppl.), p. 265-273, 2011.
