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REGENERAÇÃO ASSISTIDA

Situação inicial

A Regeneração Assistida é ideal para áreas com médio nível de degradação e médio potencial de regeneração. Esse método é indicado para áreas com média riqueza de espécies nativas, média cobertura de vegetação nativa, média cobertura de vegetação exótica invasora e médio solo exposto. Tem como objetivo auxiliar e promover a regeneração natural.

Implantação

Áreas com médio potencial de regeneração necessitam de plantios parciais para aumentar o número de espécies nativas, preencher os espaços com solo exposto e controle mais intensivo de plantas invasoras e outros fatores de degradação. É importante considerar o plantio de espécies de diferentes grupos ecológicos, com diferentes formas de vida, velocidades de crescimento e longevidades para garantir a regeneração ao longo do tempo.

As seguintes técnicas podem ser implementadas, isoladas ou conjuntamente, para permitir que a vegetação se recupere ao longo do tempo nessas áreas:

Técnicas para controle dos fatores de degradação:

  • Cercamento: isolamento da área com cercas para evitar a entrada de gado;
  • Aceiro: essa técnica ajuda a controlar a propagação do fogo sobre áreas em recomposição ao remover material combustível e criar uma barreira física no solo.
  • Controle de plantas exóticas invasoras: seu controle pode ser feito por roçagem, uso de plantas de cobertura e produtos específicos.
  • Controle de formigas cortadeiras: apara controlá-las, pode-se utilizar produtos específicos.

Técnicas para introdução de espécies:

  • Plantio de mudas: Envolve a produção prévia em viveiro, seguido por diferentes formas de plantio em campo, como aleatório ou em linhas, com espaçamentos variáveis.
  • Semeadura direta: o plantio de sementes diretamente no solo permite alta densidade de plantas, diversidade de espécies e garante boa cobertura do solo ao longo do tempo.
  • Propagação vegetativa: técnica viável para espécies com dificuldade na obtenção de sementes na natureza. O enraizamento pode ser acelerado com o tratamento das estacas com certos fitorreguladores.
  • Poleiros artificiais: atrai dispersores de sementes ao oferecer pontos de descanso e alimentação, estimulando a presença de animais e acelerando o processo de recomposição.
  • Transposição do solo: o solo de áreas recém desmatadas contém sementes e rebrotas e pode ser utilizado na recomposição de áreas sem condições físicas e biológicas para receber mudas ou sementes diretamente.
  • Plantio em núcleos: consiste em criar núcleos ou ilhas para facilitar a colonização por vegetação nativa, combinando transposição de solo, poleiros artificiais e plantio de mudas, estacas ou sementes nativas.
  • Sistemas em consórcio: o plantio intercalado de espécies exóticas e nativas regionais, como os sistemas agroflorestais ou agrossilvipastoris, oferecem uma alternativa viável para a recomposição quando o objetivo é obter retornos econômicos com produtos madeireiros e não madeireiros.

Resultados esperados após 2-3 anos

Observa-se que arbustos e gramíneas nativas tendem a recobrir o solo rapidamente, acompanhados pela atração de animais polinizadores e dispersores. Há muitas plantas rebrotando, arbustos e árvores de diferentes alturas. O controle de gramíneas exóticas pode não ser mais necessário. Os processos erosivos estão controlados, consolidando o processo de recuperação.

Resultados esperados após 10 anos

Não se verifica mais processos erosivos. A vegetação nativa predomina sobre as gramíneas exóticas invasoras. Não há mais necessidade de manejo para que a vegetação nativa siga a trajetória da sucessão. Há presença de espécies nativas da fauna e da flora de diversos grupos ecológicos.

webambiente/reg-assistida.1752867892.txt.gz · Last modified: 2025/07/18 19:44 by marcelo