Consiste em deixar os processos naturais atuarem livremente. Esses locais apresentam alta densidade e diversidade de plantas nativas regenerantes, incluindo rebrotações, proximidade com remanescentes de vegetação nativa, solo pouco compactado; e baixa presença de espécies invasoras (ex.: gramíneas). Como o potencial de regeneração natural do local a ser recuperado é alto (identificado por levantamento), o simples isolamento dos fatores de degradação permitirá o retorno da vegetação.
Consiste em deixar os processos naturais atuarem livremente. Esses locais apresentam alta densidade e diversidade de plantas nativas regenerantes, incluindo rebrotações, proximidade com remanescentes de vegetação nativa, solo pouco compactado; e baixa presença de espécies invasoras (ex.: gramíneas). Como o potencial de regeneração natural do local a ser recuperado é alto (identificado por levantamento), o simples isolamento dos fatores de degradação permitirá o retorno da vegetação.
Condições locais favorecem o aumento da densidade e o crescimento de regenerantes (rebrotas e plântulas). Agentes dispersores trazem sementes dos fragmentos nativos nas proximidades e a vegetação competidora tende a diminuir a infestação.
A vegetação não apresenta mais a presença de gramíneas exóticas, assim não necessita mais de manejo para seguir sua evolução no sentido de atingir a estabilidade nos passos da sucessão, com a presença de espécies de diversos grupos funcionais.
A vegetação competidora (especialmente pastagens exóticas e outras espécies agressivas) impede o crescimento das rebrotas e das plântulas. Não há chegada de novas espécies devido à ausência de remanescentes de vegetação nativa a distâncias de até alguns quilômetros. O solo está compactado e erodido, não suportando crescimento nem germinação de espécies nativas. Além disso, a ocorrencia de elevada infestação de formigas cortadeiras no local também pode inibir o estabelecimento e o bom crescimento de plantas regenerantes.
Toda ação de restauração deve ser monitorada e manejada conforme seus resultados. Em qualquer um dos métodos utilizados, o seu monitoramento indicará se o método escolhido está adequado e se está bem conduzido para permitir o retorno da vegetação nativa. A condução deste processo envolve diagnóstico, tomada de decisões, intervenção e avaliação dos resultados. Após a avaliação, nova tomada de decisão pode ser necessária, e assim por diante. Por isso, a principio recomenda-se que a restauração seja feita em etapas, realizando pequenas áreas no início, para que os resultados da restauração forneçam informações e retroalimente com informações especificas para as próximas intervenções. O monitoramento permite analisar se o método empregado está desencadeando a regeneração natural necessária para o retorno da vegetação nativa. A qualidade do solo, e da estrutura, diversidade e composição da vegetação são características comumente avaliadas em um monitoramento de restauração ecológica, e são capazes de predizer o sucesso da recomposição da vegetação. Os métodos mais simples para utilização por um técnico ou agricultor são a associação da cobertura do solo, a densidade de plantas presentes e a sua riqueza. A cobertura do solo por forma de vida (vegetação competidora, solo exposto, árvores, arbustos e herbáceas nativas), pode ser realizada utilizando métodos mais simples como a porcentagem de ocupação do ambiente em diferentes estratos ao longo de uma determinada distancia, por métodos um pouco mais elaborado como o método de pontos ao longo de uma trena esticada, onde é posicionada a cada 50 cm uma vara de bambu com dois metros de comprimento, dividida em quatro partes de 50 cm, nas quais observam-se todos os elementos que tocam na vara. Métodos mais sofisticados baseados em imagens fotografias podem ser feitas anualmente no mesmo lugar para comparar a cobertura do solo, e assim poder verificar se a variação temporal da cobertura por vegetação nativa aumenta e se o solo exposto e a vegetação competidora diminuem. Para medir a riqueza de espécies e a densidade de regenerantes lenhosos com mais de 30 cm de altura, estica-se uma trena de 25 metros e numa faixa 1 metro ao longo da trena contam-se as plântulas e arvoretas. Para conhecer mais métodos de monitoramento de áreas em restauração, veja o protocolo de monitoramento da restauração da secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e O Guia de restauração do Cerrado, Volume 1: Semeadura direta.