A propagação vegetativa é uma técnica eficaz para a recuperação de áreas degradadas, especialmente para espécies que apresentam dificuldades na obtenção de sementes na natureza. Essa técnica envolve a reprodução de plantas através de partes vegetativas, como estacas, ramos, raízes ou mesmo plântulas e touceiras em vez de sementes. Para garantir o sucesso, é essencial seguir boas práticas desde a seleção e tratamento dos propágulos até o manejo pós-plantio. A seguir, são apresentadas as características e os cuidados necessários para implementar essa técnica com sucesso.

• Fidelidade genética: as plantas resultantes são geneticamente idênticas à planta-mãe, garantindo a manutenção das características desejadas.
• Rapidez: permite a rápida multiplicação de plantas, especialmente útil para espécies de crescimento lento ou com produção limitada de sementes.
• Tipos de propágulos: podem ser de caule, raiz, folha ou touceira, dependendo da espécie.
• Facilidade de manejo: estacas são mais fáceis de manusear e plantar em comparação com sementes, especialmente em condições adversas.
• Tratamento com fitorreguladores: substâncias como auxinas (ex.: ácido indolbutírico - AIB) podem ser usadas para acelerar o enraizamento das estacas, melhorando a sobrevivência das plantas.

• Qualidade do material: escolher propágulos saudáveis, livres de doenças e pragas, de plantas vigorosas.
• Momento da coleta: coletar os propágulos no período correto do ciclo da planta, geralmente durante a estação de crescimento ativo.
• Corte e preparação: fazer cortes limpos e precisos nos propágulos, preferencialmente com ferramentas esterilizadas, para evitar infecções.
• Plantio: os propágulos podem ser implantados diretamente no solo da área a ser recomposta ou preparados previamente em viveiro, dependendo da espécie. É importante que os propágulos estejam firmemente posicionados e deve-se fornecer irrigação adequada para manter o substrato úmido, mas não encharcado.
• Aclimatação: se for produzido em viveiro, antes do transplante é importante aclimatar as plantas às condições de campo, expondo-as gradualmente a luz solar direta e reduzindo a irrigação.